sábado, 29 de dezembro de 2007

Pensata da Angústia

``Para o existencialista Kierkegaard a angústia e o desespero são a fonte da reflexão´´

A maldita angústia que persegue pensadores lunáticos, filósofos do cotidiano
A bendita angústia que prerroga a reflexão

A reflexão a verdade
A verdade a felicidade

Coloco reticências. . .
Para acalmar a consiência. . .
E poder durmir em paz!!!






B.K. Um abraço ao meus nobres amigos um otimo ano novo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Geração Beat - Allen Ginsberg

As manifestações culturais surgidas nos Estados Unidos e na Europa na década de 1960, feitas por jovens da classe média na sua maioria, que tiveram contacto com teorias de cientistas sociais e estudiosos do comportamento humano nas universidades, expandiram-se graças à imprensa. A imprensa norte-americana criou o termo Contracultura, para designar este conjunto de manifestações de carácter intelectual e estético que se opunha ou se diferenciava das instituições e dos valores dominantes na sociedade. Surgida nos anos 50, a Geração Beat - “Beat Generation”- foi o primeiro movimento de contracultura com forte importância histórica e cultural a acontecer nos EUA. Os seus membros eram conhecidos como beatniks (rótulo que Jack Kerouac reivindica como seu): uma corrupção do nome do satélite russo Sputnik com o termo inglês beat, de vários significados, entre eles o ritmo e o aspecto depressivo, que torna essa uma geração maldita.Os beatniks eram jovens que se conheceram dentro e fora da universidade, interessados em escritos não ortodoxos como Rimbaud, Willian Blake, Melville, Withman, Kafka, Nietzsche, alguns dos quais vieram depois a ser adoptados nas universidades, sendo inclusive os professores acusados de transmitirem valores subversivos aos estudantes. Inquietos, marginais, pretendiam mostrar o seu desgosto com o status quo do consumismo e da tecnocracia, contrapondo propostas alternativas de vida. Não queriam mudar o mundo, nem fazer a revolução, mas lutar pelo direito de ser diferente. Não tinham soluções para os males do mundo. Nem para os próprios. Apesar das principais contribuições desta geração terem se dado na literatura, não é difícil identificar traços seus noutras formas de arte.A Beat Generation na literatura compreendia um número pequeno de escritores, dos quais Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William S. Burroughs são os mais conhecidos. Os três conheceram-se na Universidade Columbia, em Nova Iorque, no meio da década de 40, e tornaram-se grandes amigos, cada um encorajando o outro a escrever, até que as editoras começaram a levar o seu trabalho a sério no fim dos anos 50.Allen Ginsberg é considerado o principal poeta da “Beat Generation”. Nascido a 3 de Junho de 1926, em New Jersey, Allen Ginsberg foi uma criança complicada e tímida, dominada pelos estranhos e assustadores episódios de sua mãe, uma mulher completamente paranóica, que acreditava que o mundo conspirava contra ela. Ao mesmo tempo, Allen teve que lutar para compreender o que estava acontecendo dentro dele, já que era consumido pela luxúria de outros meninos de sua idade. Na escola secundária, descobriu a poesia, mas logo ao ingressar na Universidade de Columbia, fez amizade com um grupo de jovens delinquentes, pensadores de almas selvagens, obcecados igualmente por drogas, sexo e literatura. Ao mesmo tempo em que ajudava os amigos a desenvolverem os seus talentos literários, Allen perdia de vez a sua ingenuidade, experimentando drogas e frequentando bares gays em Greenwich Village. Assumindo um estilo de vida bizarro, como se procurasse em si mesmo a face da loucura de sua mãe, Ginsberg acabou por se submeter a tratamento psiquiátrico. Aos 29 anos, já tinha escrito muita poesia, mas quase nada publicado. Allen Ginsberg ganhou popularidade a partir de 1956, com o seu poema/livro.

“Uivo”.
"(…)Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca de uma dose violenta de qualquer coisa “hipsters” com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contrato celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite, que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos sem água quente, flutuando sobre os tectos das cidades contemplando jazz, que desnudaram seus cérebros ao céu sob o Elevado e viram anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados das casas de cómodos, que passaram por universidades com olhos frios e radiantes alucinando Arkansas e tragédias à luz de William Blake entre os estudiosos da guerra, que foram expulsos das universidades por serem loucos e publicarem odes obscenas nas janelas do crânio, que se refugiaram em quartos de paredes de pintura descascada em roupa de baixo queimando seu dinheiro em cestas de papel, escutando o Terror através da parede, que foram detidos em suas barbas púbicas voltando por Laredo, com um cinturão de marijuana para Nova York, que comeram fogo em hotéis mal-pintados ou beberam terebintina em Paradise Alley, morreram ou flagelaram seus torsos noite após noite com sonhos, com drogas, com pesadelos na vigília, álcool, caralhos e intermináveis orgias, (...) " .

Lançado no Outono de 1956, o longo "Uivo" foi apreendido pela polícia de San Francisco, sob a acusação de se tratar de uma obra obscena. Depois de um tumultuoso julgamento, semelhante ao que foi submetida a novela de William Burroughs, Naked Lunch, o Supremo Tribunal autorizou a publicação e vendeu milhões de exemplares. Por esse período, Ginsberg viaja pelo mundo, descobre o budismo e apaixona-se por Peter Orlovsky, que seria seu companheiro durante 30 anos, embora a sua relação não fosse monógama. No início dos anos 60, enquanto já era famoso, lança-se na cultura hippie, ajudando Thimoty Leary a divulgar o psicadélico LSD e participa num grande número de eventos, como o Human Be-In, em 1967, em San Francisco, onde é um dos que conduzem a multidão cantando o mantra OM. Ginsberg é também figura-chave nos protestos contra a guerra do Vietname na Convenção do Partido Democrático de Chicago, em 1968. Após conhecer o guru tibetano Rinpoche, Ginsberg aceita-o como seu guru pessoal. Depois, juntamente com a poeta Anne Waldman, cria uma escola de poesia. Sempre participando de eventos multiculturais, Ginsberg manteve a sua agenda social activa até a sua morte, em 5 de Abril de 1997, em Nova Iorque. As suas últimas palavras, foram “pensei que iria ter medo mas estou animado”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O Seu Projeto.

"Só há realidade na ação; e vai aliás mais longe, visto que acrescenta: o homem não é senão o seu projeto, só existe na medida em que se realiza, não é, portanto , nada mais que o conjunto dos seus atos, nada mais que sua vida."
Jean Paul Sartre.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Qualquer coisa me basta!

Aos Irmãos Lupinos...
.... Pássaros sem sono ainda cantam, arrepia a pele, desnuda, cantatas distanciam minha alma, vejo pássaros nus despidos de ignorância, cantando verdades, estrelas sorridentes, procurando acreditar em homens melhores, no mundo arredio... Escreverei qualquer coisa, pois qualquer coisa me basta nessa noite, qualquer coisa minha, dos meus irmãos, qualquer coisa cheia de vida que suguei dos meus ideais...Violências, esquinas metidas, mesas voadoras, garrafas encontrando cabeças duras, prostitutas, sangue escorrendo pelas ranhuras, veias apertadas... Qualquer coisa me basta!...
Um salve aos meus amigos Lupinos, esses fazem à diferença, é o inverso, a aversão, nobres na simplicidade, corpos largados, na grama ao alto, aponto os céus, dispersos... Aqui estamos meus nobres!
Um gole, um gole de vida nos basta, sugamos a essência da poética da noite, o necessário das estrelas sutis, Encantamentos!
As politiquices, veias pra burguês se entorpecer, fugas, libertação... Tomo um vinho barato! Vamos sente-se, somos a escolha que queremos seguir!...
Ser a política dos homens que vêem acima da nudez....
Meus irmãos não queremos mais as tolices periódicas, mentiras que alegram o ego distante. Que necessidade é essa que toma conta dos tolos?... Nós queremos mais...

sábado, 8 de dezembro de 2007

só para loucos


só para loucos


TRATADO DO LOBO DA ESTEPE

"Era um vez um certo Harry, chamado o Lobo da Estepe. Andava sobre duas pernas, usava roupas e era um homem, mas não obstante era também um lobo das estepes. Havia aprendido uma boa parte de tudo quanto as pessoas de bom entendimento podem aprender, e era bastante ponderado. O que não havia aprendido, entretanto, era o seguinte: estar contente consigo mesmo e com a a sua própria vida. Era incapaz disso, daí ser um homem descontente. Isso provinha, decerto do fato de que, no fundo de seu coração, sabia sempre (ou julgava saber) que não era realmente um homem e sim um lobo das estepes. As pessoas argutas poderão discutir a propósito de ser ele realmente um lobo, se ter sido transformado, talvez antes de seu nascimento, de lobo em ser humano, ou de ter nascido homem, porém dotado de alma de lobo ou por ela dominado; ou, finalmente, indagar se essa crença de que ele era um lobo não passava de um produto de sua imaginação ou de um estado patológico.

[...] Com o nosso Lobo da Estepe sucedia que, em sua consciência, vivia ora como lobo, ora como homem, como acontece com todos os seres mistos. Ocorre, entretanto, que quando vivia como lobo, o homem nele permanecia como espectador, sempre à espera de interferir e condenar, e quando vivia como homem, o lobo procedia de maneira semelhante. Por exemplo, se Harry, como homem, tivesse um pensamento belo, experimentasse uma sensação nobre e delicada, ou praticasse uma das chamadas boas ações, então o lobo, em seu interior, arreganhava os dentes e ria e mostrava-lhe com amarga ironia o quão ridícula era aquela nobre encenação aos seus olhos de fera, aos olhos de um lobo que sabia muito bem em seu coração o que lhe convinha, ou seja, caminhar sozinho nas estepes, beber sangue vez por outra ou perseguir uma loba. Toda ação humana parecia, pois, aos olhos do lobo horrivelmente absurda e despropositada, estúpida e vã. Mas sucedia exatamente o mesmo quando Harry sentia e se comportava como lobo, quando arreganhava os dentes aos outros, quando sentia ódio e inimizade a todos os seres humanos e a seus mentirosos e degenerados hábitos e costumes. Precisamente aí era que a parte humana existente nele se punha a espreitar o lobo, chamava-o de besta e de fera e o lançava a perder, amargurando-lhe a satisfação de sua saudável e simples natureza lupina."

[O lobo da estepe, de Herman Hesse, trad. de Ivo Barroso, Editora Civilização Brasileira, 1969, 3ª edição.]

Espírito Lupino

É com grande satisfação que como um lobo da estepe, e ao som dos Beach Boys, escrevo hoje pela primeira vez neste espaço.
O termo `` o lobo da estepe´´ surgiu pela primeira vez em 1927 no famoso romance de Herman Hesse, que fala sobre a insuportabilidade da vida em sociedade de Harry Haler .A partir daí esse nome foi usado por diversas vezes:foi por duas vezes usada como título de música, e deu nome a banda canadadense Steppenwolf, em português lobo da estepe , autora do hino motociclista ``Born to be wild´´.
Deixando de lado a demagogia, que é chata mas necessária,vamos ao que interessa.Mas afinal oque é um lobo da estepe?Bom,varias defições podem surgir,principalmete se indagado a pessoas diferentes.Em suma, vou tentar definir da melhor maneira!
Respirando bem fundo. . .
Nós os lobos da estepe somos seres sonhadores,cultivamos em nós a dualidade ora perversa e angustiante do lobo ora erudita e bela do homem.Buscamos incessavelmente todo o tipo da verdadeira cultura.Vivemos romanticamente escondidos,confundidos e quase sempre despercebidos no mundo.Temos sede de tudo oque é belo, bom , bonito e verdadeiro.Com uma profunda aversão aos clichês,a padronização e a sistematização de uma maeneira geral e ,é claro , a vida levada de maneira vulgar.Lutamos entre a natureza do instinto e do espírito.Somos formados por um número incalculável de almas, uma multidão de egos, loucos incuráveis.Amantes da vida.
Talvez com uma definição super idealizada, encerro aqui minha participação.Mas antes do fim, queria expressar o meu sincero desejo que esse blog seja uma comunhão entre três lobos, espaço de varios textos, videos e afins de diferentes assuntos e importância.Cultivando sempre as nossas vitudes.
Abraços Lupinos Bernardo keller

O lobo e a Rosa


sábado, 1 de dezembro de 2007

Não te preocupes se ao ouvir, se arrepiar...Você pode estar aprendendo!

Esse é o momento em que você não precisa ouvir, só precisa ver para sentir o que é ser. WOODSTOCK

Os Cascavelletes - Lobo da Estepe

Três lobos

Tão sozinho nessa multidão

Tão somente...Tão somente...Tão somente...
três lobos deitados no chão
três lobos
três lobos
três lobos
Corre...corre...corre
corre os olhos
enquanto há tempo!
enquanto se pode beber água
da chuva.
da fonte
da juventude
Somos lobos...
da
Estepe...
Caminhando e olhando!
( aos meus nobres amigos Lobos da Estepe)